Tudo sobre a região do Anhanduizinho
Campo Grande, quarta-feira, 31 de janeiro de 2024.
Vivendo perigosamente, os moradores da “favelinha” denunciam o medo constante durante o período de chuva (Foto: Arquivo)
Do mês de dezembro passado até a presente data pouca coisa ou nada mudou para as cinco ou seis famílias que fizeram no prolongamento da Avenida Guaicurus, próximo à entrada do Conjunto Habitacional Universitária II, na região do Anhanduizinho, uma “favelinha” e, nas casas de “pau a pique” construídas no local, vivem com os filhos e sob muita tensão quanto aos perigos que rondam o local “banhado” pelo Córrego Bálsamo.
Em dezembro, a preocupação era com o período chuvoso que estava prestes a começar, pois o Córrego Bálsamo recebe toda a carga dos demais córregos da Capital de MS.
Hoje, com a “estiada” da chuva, as famílias convivem ainda com o mesmo problema: o medo, pois, com a chuva dos últimos dias, o barranco caiu, aumentando ainda mais o risco de vida para os moradores que vivem espremidos, nos fundos pelo córrego e, na parte da frente dos barracos, a Avenida Guaicurus, uma das mais movimentadas da região.
Entre os moradores que exaltam o medo de viver na “favelinha” está a Elizabeth, residente no local há três anos, que manifestou a sua preocupação pelo fato de o local ter aumentado o grau de perigo e a chuva, que pode se prolongar até março.
“Claro que eu tenho medo, ainda mais que a chuva deve durar até o mês de março. Como vou ficar tranquila com o córrego passando nos fundos da minha casa”, revelou a moradora, apontando ainda para uma árvore que está prestes a cair sobre a casa dela.
“Se essa árvore cair (disse apontando para a mesma), aí sim a coisa poderá ficar pior ainda”, afirmou.
Além da Elizabeth, residem no local mais pessoas e a maioria tem filhos, daí outra preocupação constante, pois invariavelmente as crianças gostam de dar uma “fugidinha” para brincarem na Avenida, pois nos “fundos das casas”, o único espaço existente é à beira do córrego, que cada vez mais está engolindo os casebres existentes sem que os moradores dos mesmos tenham para onde irem.
Praticamente os moradores da “favelinha” da Avenida Guaicurus vivem do material reciclado e, por isso, eles alegam a impossibilidade de alugarem uma casa mais “decente”, pois nesse caso teriam que arcar com as despesas de água, luz entre outros gastos, o que tornaria impossível a quitação desses compromissos devido ao pouco rendimento financeiro que eles têm com a venda do material recolhido diariamente.
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